A Raiz do Pecado: Um Coração Surdo a Deus

07/04/2025

MIssionário Castellani

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Na correria dos dias, entre despertadores, compromissos e notificações, há quem diga: “Eu penso em Deus, faço minhas orações, então estou em paz”. Mas será mesmo? Pensar em Deus é o mesmo que viver para Ele? Orar, por si só, é um sinal de vida espiritual ou apenas uma prática emocional para aliviar a consciência?

A Bíblia nos conta que o pecado começou com uma simples escolha: ignorar uma ordem clara de Deus. Adão e Eva tinham tudo, mas desobedeceram — e isso bastou para romper uma aliança perfeita. Desde então, o pecado deixou de ser apenas um ato e passou a ser uma atitude de afastamento, uma surdez voluntária ao que Deus fala.

Em tempos modernos, essa surdez se tornou sutil. Ouvimos sermões, lemos versículos, compartilhamos frases bonitas nas redes sociais... mas será que ouvimos mesmo a voz de Deus? Ou só escutamos o que nos conforta e descartamos o que nos confronta?

Muitos confundem conquistas humanas com bênçãos divinas. A vida financeira está indo bem? Família estruturada? Logo se conclui que “está tudo certo com Deus”. Mas o verdadeiro relacionamento com Ele não se mede por conforto, e sim por obediência.

O Salmo 1 descreve com clareza quem é o homem bem-aventurado:

“Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Salmo 1:2)

Esse homem, ou mulher, não é guiado pelas circunstâncias, nem se curva diante da pressão. Assim como os jovens hebreus na Babilônia: “E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei...” (Daniel 1:8)

Decidir por Deus é um ato firme, diário. É uma escolha de quem não quer mais silenciar a voz divina, mas sim, afiná-la com o coração.

Que o nosso amor por Jesus seja mais do que discurso: seja vida. Que nossos ouvidos espirituais estejam sempre atentos. Que nossa gratidão se revele em atitudes, não apenas em palavras.